Por: Redação
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou luz sobre o alarmante impacto do consumo de álcool e drogas psicoativas na saúde global, destacando um cenário de 2,6 milhões de mortes anuais atribuídas ao álcool e 600 mil às drogas. Publicado no Relatório Global sobre Álcool, Saúde e Tratamento de Transtornos por Uso de Substâncias, os dados de 2019 revelam uma carga significativa de doenças e mortes preveníveis associadas a essas substâncias.
O estudo ressalta que, dentre as 2 milhões de mortes por álcool, a maioria ocorre entre homens, enquanto as drogas são responsáveis por 400 mil óbitos anualmente. As consequências do consumo incluem não apenas doenças crônicas como câncer e doenças cardiovasculares, mas também um aumento drástico nos acidentes de trânsito, automutilação e casos de violência.
Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação demanda ação imediata e ousada: “Construir uma sociedade mais saudável e equitativa requer comprometimento com políticas que reduzam os impactos negativos do consumo de álcool e facilitem o acesso ao tratamento para transtornos por uso de substâncias.”
Além das mortes diretas, o relatório destaca o aumento do risco de infecções como HIV e tuberculose devido ao consumo de álcool, associado a práticas de sexo desprotegido e supressão do sistema imunológico. A prevalência do consumo excessivo de álcool, detectada em 38% das pessoas que consomem, evidencia um desafio persistente, especialmente entre os jovens.
Apesar de uma ligeira queda no consumo total per capita de álcool globalmente, passando de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019, regiões como Europa e Américas ainda lideram os índices de consumo. Essa realidade ressalta a necessidade urgente de políticas eficazes para mitigar os impactos do consumo de álcool e drogas, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.
O relatório da OMS conclui que, para enfrentar esses desafios de saúde pública, é fundamental investir em medidas preventivas robustas e aumentar o acesso a tratamentos eficazes, visando reduzir não apenas as taxas de mortalidade, mas também os danos sociais e econômicos associados ao uso de substâncias.