Por: Redação
Foto: Reprodução/Adem Altan/Getty Images Embed
Na última quarta-feira (17), em um discurso contundente a oeste da capital, o presidente venezuelano Nicolás Maduro advertiu que o país poderia enfrentar “derramamento de sangue” e “guerra civil” caso ele não seja reeleito nas eleições de 28 de julho. “Se não quiserem que a Venezuela caia em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo,” declarou Maduro, enfatizando que uma vitória clara traria paz ao país.
Enquanto isso, a principal opositora e favorita na disputa, María Corina Machado, divulgou na quinta-feira (18) que ela e sua equipe foram vítimas de um atentado. Segundo Machado, delinquentes destruíram os veículos e cortaram os tubos do sistema de frenagem, colocando em risco a vida dos apoiadores.
Maduro está em busca de seu terceiro mandato consecutivo. Seu principal adversário na corrida é Edmundo Gonzalez, ex-líder diplomata, que foi anunciado como candidato pela Plataforma Democrática Unida (PUD) após a exclusão de Machado da disputa eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, conhecido por sua proximidade com o governo chavista.
A comunidade internacional expressou preocupações sobre a transparência das eleições venezuelanas. Em outubro de 2023, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, comprometendo-se com eleições livres e democráticas. No entanto, há temores de que o regime de Maduro não consiga cumprir esse compromisso.
O governo brasileiro, juntamente com outros onze países, manifestou preocupações com o processo eleitoral na Venezuela. Entre os países que se pronunciaram estão Estados Unidos, Uruguai, Peru, Argentina, Colômbia, Paraguai, Chile, Equador, Guatemala, República Dominicana e Costa Rica. Esses governos pedem por eleições justas e pelo respeito à vontade do povo venezuelano.