Por: Redação
Foto: Divulgação/Reuters
Milhares de pessoas se reuniram no domingo para os funerais de crianças e jovens mortos em um ataque com foguetes nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel. A comunidade drusa expressou profunda dor e indignação durante as cerimônias em Majdal Shams, onde caixões foram carregados pelas ruas lotadas, e alguns enlutados direcionaram sua raiva a ministros do governo presentes.
O ataque, que ocorreu no sábado, foi atribuído ao grupo militante Hezbollah pela Casa Branca e por Israel, embora o Hezbollah negue responsabilidade. O bombardeio atingiu um campo de futebol em Majdal Shams, matando 12 pessoas, incluindo 10 crianças de 10 a 16 anos. Este foi o incidente mais mortal na fronteira norte de Israel desde outubro.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram alvos do Hezbollah no Líbano, e o Hezbollah retaliou atingindo duas bases militares israelenses. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que encurtou uma viagem aos EUA para retornar ao país, prometeu que o Hezbollah “pagaria um preço alto”.
O funeral em Majdal Shams foi marcado por cenas de profundo luto e protesto. Homens usando chapéus tradicionais e mulheres vestidas de preto carregaram os caixões e depositaram flores. Alguns enlutados expressaram raiva contra ministros do governo israelense presentes, acusando-os de negligência e promessas não cumpridas. “Estamos cansados de suas promessas!” gritou um dos presentes.
A tragédia uniu a comunidade drusa em luto, com muitos destacando a solidariedade interna diante da perda. “Essas crianças são como filhos de todos na vila”, disse Fadi Mahmud, de 48 anos. A raiva e a frustração também foram direcionadas às autoridades, refletindo um sentimento de abandono.
Líderes mundiais condenaram o ataque e buscaram diminuir as tensões para evitar uma escalada no conflito entre Israel e Hezbollah. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e outros líderes internacionais expressaram preocupações sobre a estabilidade na região.
A situação continua tensa, com a comunidade internacional monitorando de perto os desdobramentos. A resposta de Israel ao ataque e a postura do Hezbollah em relação aos recentes confrontos destacam os desafios contínuos na busca por estabilidade e paz na região. Enquanto isso, a comunidade drusa enfrenta o doloroso processo de luto e busca justiça para as vítimas do ataque.