Por: Redação
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O Mato Grosso do Sul vem vivendo dias tensos por conta do conflito fundiário entre indígenas e produtores rurais, no Mato Grosso do Sul, que já dura mais de 20 dias. Em um novo confronto armado, que se iniciou na noite de domingo (04) e durou até a madrugada desta segunda (05), seis pessoas ficaram feridas.
Entre os seis feridos, cinco seriam produtores rurais e um indígena. De acordo com informações do governo federal, o confronto foi iniciado pelos ruralistas devido às publicações de fake news nas redes sociais. Nelas, foi afirmado que os indígenas teriam invadido fazendas da região.
No último sábado (3/8), pelo menos dez pessoas ficaram feridas, sendo que duas delas ficaram em estado grave. De acordo com o g1, cinco indígenas foram atingidos com arm4 de fogo e munição de borracha e precisam ser encaminhados ao Hospital da Vida, em Dourados (MS).
Os ministérios da Justiça e Segurança Pública, dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos e também o Ministério Público Federal (MPF) montaram uma força tarefa para acompanhar a situação dos indígenas Guarani Kaiowá atacados por grupos armados na Terra Panambi-Lagoa Rica.
Apesar dos esforços federais, a presença dos órgãos não intimidou os ruralistas. Informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) apontam que o ataque de sábado ocorreu pouco depois de a Força Nacional deixar o território.
A nova onda de conflitos se iniciou no dia 13 de julho, após um indígena ser b4leado na perna por uma bala de borracha.
A Terra Indígena Lagoa Panambi foi identificada e delimitada em 2011. Os indígenas afirmam serem donos ancestrais da terra, enquanto os a fazendeiros reividicam serem proprietários legais da região.