Mãe e madrasta condenadas à mais de 15 anos de prisão por tortura de menina em Goiás

Justiça responsabiliza as duas mulheres por tentativa de homicídio e tortura qualificada; criança, de apenas 4 anos, foi vítima de agressões brutais que a deixaram desfigurada

Por: Redação

Foto: Reprodução

A Justiça de Goiás condenou uma mãe e sua companheira a penas superiores a 15 anos de prisão cada uma, após a brutal agressão de uma menina de apenas 4 anos, em Morrinhos, no sul do estado. A criança, que sofreu repetidos episódios de tortura, especialmente quando chorava de fome, foi deixada com o rosto desfigurado e múltiplos ferimentos graves.

A mãe, de 22 anos, recebeu uma sentença de 17 anos e 4 meses de prisão por tentativa de homicídio qualificado, incluindo agravantes de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Ela também foi condenada por omissão e tortura qualificada. Já a madrasta, de 26 anos, foi sentenciada a 15 anos e 4 meses, sendo responsabilizada pelos mesmos crimes, exceto pela omissão.

O caso veio à tona em março de 2023, quando a mãe procurou a polícia para denunciar sua companheira, alegando que a madrasta havia espancado a criança. Contudo, as investigações revelaram que ambas estavam envolvidas nos atos de tortura. A menina foi encontrada em estado crítico, com fraturas, deslocamento de ombros, um coágulo na cabeça e sinais evidentes de queimaduras. Imediatamente transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Goiânia, ela passou por diversas cirurgias e permaneceu internada em estado grave.

De acordo com a investigação, as agressões começaram logo após a mãe recuperar a guarda da filha, em janeiro de 2023. Durante os dois meses em que a criança esteve sob os cuidados da mãe e da madrasta, ambas a mantiveram isolada, escondendo-a de familiares e amigos, o que impediu qualquer intervenção externa. A situação só foi revelada quando um tio da menina, ao entrar na casa sem autorização, encontrou a criança em condições deploráveis.

Ambas as mulheres foram indiciadas por tortura qualificada, com aumento de pena em razão da idade da vítima. Presas em flagrante, as duas foram julgadas e condenadas pela violência praticada, que, segundo a Justiça, foi perpetrada de forma conjunta ou individual, resultando nas severas penas aplicadas.

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