Advogado acusa PMs de abuso de autoridade e agressão em Trindade

Advogado de 37 anos alega invasão domiciliar e agressão por parte da Polícia Militar; agentes acusam o homem de desacato durante abordagem

Por: Redação
Foto: Reprodução

Na noite de sábado (10/8), um incidente na cidade de Trindade, Goiás, chamou atenção ao envolver diretamente um advogado de 37 anos e agentes da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). A situação, que começou como uma abordagem policial a quatro pessoas na rua, terminou com o advogado preso em flagrante sob acusação de desacato. Contudo, a versão dos fatos apresentada pelo advogado diverge significativamente da versão oficial da polícia, levantando questionamentos sobre abuso de autoridade e procedimentos policiais.

Segundo o advogado Wanderson Ferreira Rodrigues, os policiais invadiram sua residência sem apresentar mandado judicial ou qualquer justificativa legal. O advogado afirma que os agentes buscavam por seu pai, que teria sido confundido com um traficante. No entanto, ao perceberem que haviam entrado na casa errada, os policiais teriam reagido com violência, agredindo Rodrigues e sua filha de 16 anos, que teria sido jogada ao chão. A adolescente também teve seu celular apreendido pelos policiais, mas o aparelho foi devolvido mais tarde na delegacia.

Em contrapartida, os policiais envolvidos no caso oferecem uma narrativa diferente. Eles alegam que entraram na residência após notar uma movimentação suspeita durante uma abordagem na rua em frente à casa. Segundo eles, ao avistarem os policiais, um homem abriu o portão e rapidamente entrou na casa, o que levantou suspeitas e motivou a entrada dos agentes. No momento da abordagem, os policiais afirmam que o advogado estava visivelmente embriagado e começou a insultá-los, levando à sua prisão por desacato.

De acordo com testemunhas presentes no local, houve resistência por parte do advogado no momento da prisão. Ele teria continuado a ofender os policiais, que então o imobilizaram e o encaminharam à delegacia de Trindade. Rodrigues foi liberado após pagar fiança, mas o caso ainda deve passar por uma investigação detalhada.

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