Por: Redação
Foto: Reprodução/Fred Magno/O Tempo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 29 de agosto, que a população brasileira alcançou 212.583.750 habitantes até 1º de julho de 2024. A nova estimativa reflete um crescimento de 4,68% em relação aos dados do Censo de 2022. Entretanto, o IBGE projeta um futuro menos promissor: o Brasil poderá começar a enfrentar um declínio populacional já a partir de 2042, antecipando em seis anos a previsão anterior.
Os estados da região Norte, especialmente Roraima e Rondônia, registraram os maiores aumentos populacionais. Roraima teve um crescimento de 12,58%, alcançando 636.707 habitantes, enquanto Rondônia registrou um aumento de 10,44%, chegando a 1.581.196 habitantes. Goiás, na região Centro-Oeste, também apresentou um crescimento considerável de 4,17%, saltando de 7.056.495 para 7.350.483 habitantes.
Por outro lado, os menores crescimentos foram observados em Alagoas (2,95%), Rio Grande do Sul (3,19%) e Piauí (3,20%), indicando uma disparidade significativa no crescimento populacional entre diferentes regiões do país.
Embora a população continue a crescer no curto prazo, o IBGE projeta que o Brasil atingirá um pico populacional de 220 milhões de pessoas em 2041. A partir de 2042, o país deverá enfrentar uma redução gradual no número de habitantes, com a população caindo para 199,2 milhões em 2070. Esse cenário reflete mudanças demográficas importantes, como a queda nas taxas de natalidade e o envelhecimento da população.
As projeções populacionais do IBGE são fundamentais para o planejamento e a distribuição de recursos públicos. Elas influenciam, por exemplo, o cálculo dos fundos de participação de estados e municípios, realizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, essas estimativas ajudam a orientar políticas públicas em áreas como saúde, educação e previdência social.
Diferentemente do Censo, que realiza a contagem direta de pessoas e domicílios, as projeções do IBGE incorporam dados sobre taxas de nascimento, mortalidade e migração para prever o crescimento populacional. Essas estimativas são cruciais para que governos em todos os níveis possam planejar e alocar recursos de maneira eficiente, garantindo que as necessidades da população sejam atendidas de forma adequada.