Bolsonaro convoca militância para protesto no 7 de setembro com críticas ao STF

Ex-presidente lidera manifestação em São Paulo com ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, marcando o aniversário de seis anos desde o atentado em Juiz de Fora

Por: Redação

Foto: Reprodução/Taba Benedicto/Estadão Conteúdo

Seis anos após a facada sofrida durante a campanha presidencial, Jair Bolsonaro voltou a Juiz de Fora (MG) nesta quarta-feira (6/9) para apoiar a candidatura de Carlos Evangelista à Prefeitura. No entanto, o ex-presidente aproveitou a ocasião para convocar seus apoiadores a participar de uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de Setembro. O ato, segundo Bolsonaro, será um protesto contra o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF), com foco especial no ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de persegui-lo.

“Não iremos lá comemorar a Independência, porque não existe país independente sem liberdade. Vamos desafiar o sistema, que comecei a expor há seis anos. Vamos na Paulista para dizer que aquele ministro do Supremo não dá mais. Ele age como um obcecado para me perseguir”, declarou Bolsonaro, sinalizando que pressionará pelo impeachment do magistrado.

A manifestação de hoje, organizada pelo pastor Silas Malafaia, foi amplamente divulgada nas redes sociais e tem mobilizado a base bolsonarista nas últimas semanas. Entre os nomes esperados, está o candidato do MDB à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, que disputa com o bolsonarista Pablo Marçal, segundo pesquisas recentes. Contudo, Marçal não estará presente, pois viajou a El Salvador para um encontro com o presidente Nayib Bukele.

Em um vídeo de convocação, Bolsonaro convocou seus apoiadores a participarem do que chamou de “um grande ato em defesa da nossa democracia e liberdade, para enviar um recado ao Brasil e ao mundo”. O ex-presidente ainda defendeu anistia para os chamados “presos políticos” — bolsonaristas detidos após os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Classificou o evento na Avenida Paulista como “um ato patriótico”.

Curiosamente, Bolsonaro desencorajou a organização de manifestações em outros municípios, sugerindo que aqueles que não pudessem comparecer ao ato em São Paulo permanecessem em casa com suas famílias, evitando qualquer evento organizado pelo governo federal.

Durante o comício em Juiz de Fora, além das críticas ao STF e ao sistema judiciário, Bolsonaro fez vários autoelogios, destacando sua trajetória e reforçando sua narrativa de que estaria lutando pela liberdade e pela democracia no país. O ato de hoje promete ser um reflexo dessa mesma retórica, com seus apoiadores concentrando-se na Avenida Paulista para uma nova ofensiva contra o Judiciário.

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