Por: Redação
Foto: Reprodução/Instagram
O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) recomendou a substituição das prisões preventivas da influenciadora Deolane Bezerra e de outros investigados por medidas cautelares. A sugestão faz parte das ações da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilegais ligadas a jogos de azar.
Troca de prisões por medidas alternativas
O MP-PE argumenta que manter as prisões sem novas diligências poderia configurar um abuso legal. Segundo o órgão, as medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal seriam suficientes para garantir o andamento das investigações. “A prisão preventiva, neste momento, deve ser substituída por outras formas de controle, evitando-se a perpetuação de detenções ilegais”, destacou o Ministério Público em comunicado oficial.
A Operação Integration, deflagrada em 2023 pela Polícia Civil de Pernambuco, com o apoio de outras forças policiais estaduais, visa desarticular uma rede criminosa acusada de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Investigação avança com novas etapas
A operação começou com a apreensão de R$ 180 mil e está dividida em três fases: captação, ocultação e inserção dos valores no patrimônio dos envolvidos. A fase atual levou à prisão de Deolane Bezerra e ao confisco de diversos bens de luxo. No início de setembro, foram cumpridos 19 mandados de prisão, incluindo o de Deolane e de sua mãe, embora as autoridades não tenham divulgado detalhes sobre o envolvimento das duas nos crimes.
Deolane Bezerra e descumprimento de medida judicial
Após ser liberada em 9 de setembro com o uso de tornozeleira eletrônica, Deolane criticou sua prisão publicamente, desrespeitando uma das condições impostas pela Justiça. Como resultado, sua prisão domiciliar foi revogada, e a influenciadora foi novamente detida, onde permanece à disposição da Justiça.
Sigilo em novas fases da investigação
O MP-PE informou que as novas diligências requerem sigilo para garantir o esclarecimento adequado dos fatos e a individualização das condutas de cada investigado. “Para proteger a integridade da investigação, as informações sobre as próximas etapas serão mantidas em sigilo”, afirmou o órgão em nota divulgada no dia 20 de setembro de 2024.
O Ministério Público enfatizou que não fará novos pronunciamentos até a conclusão das investigações e o oferecimento das denúncias.