Rede social de Elon Musk poderá voltar a funcionar no país após cumprir penalidades impostas pelo STF, que somam R$ 28,6 milhões
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o retorno da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, ao Brasil. A rede social, que foi suspensa em agosto deste ano, só poderá ser reativada após o pagamento de multas que totalizam R$ 28,6 milhões. Entre as penalidades estão R$ 10 milhões pela tentativa de funcionamento indevida e R$ 300 mil contra a nova representante legal da empresa no país, a advogada Rachel Villa Nova Conceição.
A suspensão da rede social foi motivada pelo descumprimento de ordens judiciais, incluindo a falta de um representante legal no Brasil e a não remoção de conteúdos que violavam as determinações do STF. A plataforma cumpriu parte dessas exigências, permitindo que o ministro Moraes autorizasse seu retorno, condicionado ao pagamento das multas pendentes.
Crise entre Musk e o STF
A relação entre o bilionário Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal se deteriorou após Moraes determinar, em agosto, que a plataforma X fosse bloqueada em todo o território nacional. Musk não apenas criticou a decisão, mas também acusou o STF de tentar censurar opositores políticos. Ele destacou que a medida impactava negativamente a liberdade de expressão, argumentando que a suspensão atingia perfis de figuras públicas e jovens ativistas que utilizavam a plataforma para se manifestar.
Mesmo após a polêmica, Moraes foi firme ao afirmar que a rede social só poderia funcionar no Brasil se cumprisse integralmente todas as ordens judiciais e pagasse as penalidades impostas pela Suprema Corte.
Caminho para a normalização
Agora, com as determinações em fase final de cumprimento, resta à X pagar as multas para que seus serviços possam ser restabelecidos a milhões de usuários no Brasil. Estima-se que ao menos 22 milhões de brasileiros utilizem a plataforma, o que torna seu retorno aguardado por muitos. A decisão de Moraes, ao mesmo tempo, reforça a importância do cumprimento das leis brasileiras por parte das gigantes da tecnologia.
O impasse entre Musk e a Justiça brasileira lança luz sobre a crescente pressão que as plataformas digitais enfrentam em diversos países para seguir legislações locais, especialmente em questões de moderação de conteúdo e transparência em suas operações.
Por: Redação
Foto: Montagem/Ca Autucci