Grazielly Barbosa é suspeita de ter aplicado injeção em Aline Maria Ferreira, que faleceu após o procedimento estético
O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) está em busca de imagens de câmeras de segurança do hospital onde a influencer Aline Maria Ferreira estava internada, após ter recebido um procedimento estético que resultou em sua morte. A investigação aponta que a falsa biomédica Grazielly da Silva Barbosa, que se encontra presa em Goiânia, teria aplicado um anticoagulante na vítima no local.
O MPGO solicitou à Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) que apresente as gravações do circuito interno de segurança, a fim de comprovar a entrada de Grazielly no hospital. Este pedido é parte do inquérito da PCGO e é crucial para formalizar a denúncia contra a suspeita. Além das imagens, o promotor busca depoimentos de testemunhas, o laudo cadavérico de Aline e a oitiva dos médicos que atenderam a influencer em um hospital particular em Brasília, onde ela faleceu.
A delegada Débora Melo confirmou que Grazielly se apresentou como médica ao adentrar a unidade hospitalar, onde realizou a aplicação da injeção. “Ela adentrou o hospital identificando-se como médica e aplicou uma injeção de um medicamento anticoagulante em Aline”, afirmou a delegada.
Grazielly foi indiciada por homicídio com dolo eventual, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade, indução do consumidor ao erro e falsificação de produtos farmacêuticos. Além dela, Afair Souza Diniz Júnior também é indiciado por falso testemunho no caso.
A defesa de Grazielly não respondeu aos contatos da reportagem, e a defesa de Júnior também não foi localizada para comentar a situação.
O caso: Grazielly, que não possui formação superior na área da saúde, era responsável pela realização de procedimentos estéticos na clínica Ame-se, em Goiânia, onde ocorreu o preenchimento no glúteo de Aline com polimetilmetacrilato (PMMA). Esta substância é contraindicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tal uso, e Aline faleceu em decorrência de uma infecção generalizada provocada pelo procedimento.
A falsa biomédica foi detida pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) da PCGO no dia seguinte à morte de Aline. A clínica, inaugurada em novembro de 2023, operava sem alvará ou as licenças necessárias e foi interditada pela Vigilância Sanitária no mesmo dia da prisão.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais