Escalada no uso de armas de longo alcance acende alerta para risco nuclear
A Ucrânia acusou a Rússia de realizar, nesta quinta-feira (21), um ataque com míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a cidade de Dnipro. Segundo informações divulgadas pela força aérea ucraniana, o projétil foi lançado da região de Astrakhan, no sul da Rússia, e atingiu infraestrutura considerada estratégica. Este seria o primeiro uso de um ICBM pela Rússia no atual conflito.
Mísseis balísticos intercontinentais são projetados para percorrer vastas distâncias, podendo transportar ogivas nucleares ou convencionais. Além do ataque com o ICBM, a Ucrânia relatou ter interceptado seis mísseis Kh-101, conhecidos por sua alta precisão.
A Rússia, por sua vez, informou ter derrubado dois mísseis de cruzeiro britânicos, sem fazer menção ao ataque em Dnipro.
Como resposta ao agravamento da situação, os Estados Unidos fecharam temporariamente sua embaixada em Kiev, citando alertas de possíveis ataques em larga escala. O presidente Joe Biden autorizou o envio de sistemas de mísseis Himars para a Ucrânia, mas manteve restrições ao uso de armamentos de longo alcance, como o ATACMS, com receio de intensificar o conflito.
Paralelamente, o presidente russo Vladimir Putin ampliou, por decreto, os critérios para o uso de armas nucleares. Essa medida gerou preocupação global, com especialistas temendo um agravamento do confronto e seus impactos para a segurança internacional.
Com a guerra ultrapassando mil dias, o ataque a Dnipro reforça a gravidade da disputa entre Ucrânia e Rússia, em um cenário de tensões crescentes e riscos iminentes de desestabilização global.
Por: Redação
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