Equipe de Trump comemora adiamento da pena e defesa busca arquivamento do caso
A decisão do juiz Juan Merchan de adiar indefinidamente a sentença sobre o caso de suborno envolvendo Donald Trump e a ex-atriz pornô Stormy Daniels foi celebrada como uma “vitória decisiva” por sua equipe. A leitura da sentença, que estava prevista para a próxima terça-feira (26/11), foi suspensa. O juiz também aceitou que os advogados de Trump apresentem um recurso até 2 de dezembro, com o objetivo de arquivar o caso. Steven Cheung, diretor de comunicação da campanha de Trump, afirmou que a decisão representa “uma grande vitória” para o republicano, e reforçou a ideia de que o processo faz parte de uma “caça às bruxas”.
Trump, de 78 anos, é acusado de pagar US$ 130 mil (aproximadamente R$ 420 mil) para Daniels em 2016, visando garantir seu silêncio sobre uma suposta relação extraconjugal ocorrida em 2006. O pagamento foi feito para proteger a imagem do então candidato à presidência, já que a revelação do caso poderia prejudicar sua campanha eleitoral. Trump sempre negou qualquer envolvimento com a atriz.
Implicações para o mandato presidencial
A defesa de Trump tem trabalhado para evitar qualquer tipo de sentença até a cerimônia de posse em 20 de janeiro de 2025, especialmente após sua vitória nas eleições de 5 de novembro. Essa situação inédita levou a discussões sobre a possibilidade de suspender os processos judiciais até o fim de seu mandato. O promotor de Manhattan, Alvin Bragg, manifestou-se favorável a essa suspensão, levando em consideração as “circunstâncias sem precedentes” devido à eleição de Trump.
Expectativas sobre o futuro jurídico de Trump
Ex-procuradores acreditam que o adiamento pode ser um sinal de que o juiz Merchan poderia sentenciar Trump à prisão, embora a hipótese de um presidente americano ser preso durante o exercício de seu cargo seja vista como complexa. Já a defesa acredita que os casos federais contra Trump, incluindo os relacionados à tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020 e à gestão de documentos confidenciais, serão rejeitados pelo Departamento de Justiça.
Além disso, Trump fez uma recente nomeação para o cargo de procurador-geral, escolhendo a advogada Pam Bondi, que o defendeu durante o impeachment de seu primeiro mandato e em outras acusações relacionadas a fraude eleitoral.
Por: Redação
Foto: Seth Wenig/AFP