Tainara Gomes Alexandria, de 27 anos, já respondia por outro homicídio em Anápolis e agora é acusada de assassinar Janaína da Silva na Casa de Prisão Provisória.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou formalmente Tainara Gomes Alexandria, de 27 anos, pelo assassinato de sua colega de cela, Janaína da Silva, ocorrido na madrugada de 17 de novembro de 2024, na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia. Segundo a denúncia, o crime foi premeditado, motivado por desentendimentos internos, e executado de forma que impossibilitou a defesa da vítima.
Estrangulamento premeditado
De acordo com as investigações, o crime aconteceu na cela 9, Bloco 3, Ala A do presídio. Tainara teria utilizado uma corda improvisada para estrangular Janaína, em um ato que o MP classificou como motivado por razões fúteis. A denúncia também aponta que a autora do crime agiu com violência premeditada, aproveitando a vulnerabilidade da vítima durante o ataque.
A prisão é conhecida por seu histórico de tensões entre detentas, mas o caso chamou atenção pela gravidade das acusações. “Foi um crime cometido de maneira cruel, deixando claro o desprezo pela vida humana”, destacou a promotoria.
Histórico de crimes violentos
Tainara já respondia por outro homicídio, ocorrido em 2023, em Anápolis. Naquele ano, foi acusada de participar de uma emboscada que levou à morte de Marcos Dias Romeiro. Segundo o MP, Tainara, acompanhada de outros cúmplices, atraiu a vítima com promessas relacionadas a drogas. O homem foi atacado brutalmente com golpes de faca e pauladas, e seu corpo foi ocultado e incendiado em uma área rural.
Ambos os crimes reforçam o histórico de violência associado à acusada, que segue detida à disposição do Poder Judiciário. O Ministério Público pediu celeridade no andamento dos dois casos, argumentando que os episódios refletem um padrão de comportamento que representa risco para outros detentos e para a sociedade.
Prisão preventiva e julgamento
Com a nova denúncia, Tainara permanecerá na Casa de Prisão Provisória enquanto aguarda julgamento. A promotoria destacou a gravidade dos crimes para justificar a manutenção de sua prisão preventiva, reforçando o impacto das ações da ré no sistema prisional.
A defesa de Tainara, por sua vez, alegou que as circunstâncias do caso ainda precisam ser devidamente apuradas, pedindo respeito ao princípio da presunção de inocência. Afirmou ainda que a acusada está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
O caso segue em tramitação, com o MP pedindo a condenação de Tainara por homicídio qualificado, caracterizado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. O desfecho do processo será acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade, diante da brutalidade dos crimes relatados.
Por: Redação
Foto: Divulgação/CPP