Empresário morto teria denunciado desvio de verbas eleitorais em 2018; policiais também foram soltos
O ex-presidente do DEM de Anápolis (atual União Brasil), Carlos César Savastano de Toledo, conhecido como Cacai Toledo, foi liberado da prisão na última quarta-feira (11). Ele estava detido desde junho deste ano, acusado de ser o mandante do assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, morto em junho de 2021.
A liberdade de Toledo foi autorizada pela Justiça após um pedido apresentado por seu advogado, Demóstenes Torres. Segundo ele, “a instrução processual está findando e Cacai não representa risco à sociedade ou ao processo”.
Dois dias antes, cabos da Polícia Militar de Goiás, Glauko Olívio de Oliveira e Thiago Marcelino Machado, também acusados de envolvimento no crime, foram soltos. O sargento Érick Pereira da Silva, igualmente acusado, já havia sido liberado em outubro deste ano.
Motivações do crime
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, Fábio Escobar foi assassinado por vingança após denunciar supostos desvios de recursos na campanha eleitoral de 2018, liderada por Cacai Toledo como presidente do DEM em Anápolis. Escobar teria denunciado irregularidades, inclusive gravando um vídeo no qual devolvia R$ 150 mil que, segundo ele, haviam sido oferecidos como suborno para silenciar as denúncias.
A defesa de Toledo refutou as acusações, alegando que “testemunhas apontaram outros possíveis mandantes”. Já os policiais militares negaram qualquer participação no crime, afirmando nunca ter tido contato com os envolvidos.
Histórico de Toledo
Cacai Toledo atuou como coordenador de campanha ao governo de Goiás em 2018, ano em que Ronaldo Caiado foi eleito. Posteriormente, Toledo foi nomeado diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), mas perdeu o cargo em 2020, após ser preso por suspeitas de fraudes em licitações.
Por: Redação
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