Venda de US$ 3 bilhões pelo Banco Central reduziu a cotação temporariamente, mas não impediu a valorização da moeda norte-americana
O dólar atingiu um novo recorde nesta segunda-feira (16), fechando o dia a R$ 6,09, em alta de quase 1%. Pelo terceiro dia útil consecutivo, a moeda norte-americana avançou no mercado nacional, refletindo a depreciação do real frente a outras divisas globais, mesmo com o Índice do Dólar (DXY) registrando queda de 0,14%.
A tentativa do Banco Central (BC) de conter a alta por meio de um leilão de US$ 3 bilhões teve efeito momentâneo. O certame, realizado entre 10h20 e 10h25, fez a cotação cair brevemente para R$ 6,02, mas a moeda retomou a trajetória de valorização ao longo da tarde, encerrando o pregão praticamente no mesmo patamar anterior ao leilão.
Esta foi a terceira intervenção do BC no câmbio em menos de uma semana. Na última quinta-feira (12), a instituição realizou dois leilões, ofertando US$ 4 bilhões, e na sexta-feira (13) promoveu o primeiro leilão à vista desde agosto, no valor de US$ 845 milhões. Apesar das medidas, o mercado segue pressionado.
Especialistas apontam que a alta do dólar reflete um cenário interno de incertezas fiscais combinado com um movimento global de valorização da moeda norte-americana. A continuidade da pressão sobre o câmbio tem levado economistas a revisarem projeções para a taxa Selic e o desempenho econômico do Brasil nos próximos meses.
Por: Redação
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