Crime ocorreu após gesto não intencional em local controlado por membros do CV
Um homem de 36 anos, identificado como Everson Santos da Silva, foi encontrado morto em uma área de mata na cidade de Sorriso, em Mato Grosso. De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu após a vítima fazer, supostamente sem intenção, um gesto associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) em um bar dominado pela facção rival, o Comando Vermelho (CV).
Corpo foi encontrado com sinais de tortura
O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira (10). Segundo as investigações, Everson estava em um bar localizado no bairro Jardim Amazônia, onde tirou uma foto fazendo o gesto relacionado à facção PCC. Isso gerou suspeitas entre os criminosos da área, que o sequestraram. Horas depois, seu corpo foi encontrado amarrado a uma árvore, com marcas de tortura e ferimentos causados por disparos de arma de fogo.
Vizinhos da região relataram à polícia que ouviram tiros por volta das 4h30 da madrugada. Após as denúncias, equipes da Divisão de Homicídios identificaram um imóvel no bairro Jardim Alvorada ligado aos suspeitos do crime.
Suspeitos confessam o crime
No local, a polícia prendeu dois adultos, uma mulher de 20 anos e um homem de 21, além de apreender um adolescente de 17 anos. Os três confessaram a execução de Everson, alegando que acreditavam que ele pertencia à facção rival. Entretanto, as investigações apontam que ele não tinha qualquer ligação com o PCC e que o gesto foi feito de forma não intencional.
Os policiais encontraram um revólver calibre 38, com duas munições intactas e uma deflagrada, escondido em um armário da residência. Além disso, quatro celulares, que os suspeitos haviam descartado pela janela antes da abordagem, foram recuperados no térreo do prédio.
Acusações formais e prisões
O caso foi registrado como homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo e participação em organização criminosa. Os dois adultos foram presos em flagrante, enquanto o adolescente responderá por ato infracional análogo aos crimes citados. As investigações continuam para determinar se há outros envolvidos no caso.
Por: Manoel Messias
Foto: Divulgação/PCMS