Três reféns israelenses serão libertadas neste domingo (19/1), dando início à primeira fase do acordo entre Israel e Hamas.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas teve início neste domingo (19/1), após um atraso de algumas horas causado pela entrega tardia da lista de reféns israelenses. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que recebeu os nomes de 33 reféns, marcando o início da primeira etapa do acordo.
De acordo com o Hamas, a demora ocorreu devido a ataques israelenses que resultaram em 13 mortes, segundo a agência de defesa civil do grupo. O cessar-fogo começou às 11h no horário local (6h em Brasília). Três mulheres israelenses, mantidas como reféns desde o ataque de 7 de outubro de 2023, serão as primeiras a serem libertadas ainda neste domingo.
A página oficial do governo israelense no X (antigo Twitter) divulgou a lista dos reféns que serão libertados nos próximos dias. Os sequestros ocorreram durante o ataque do Hamas em outubro, que deixou 1,2 mil mortos em Israel e mais de 200 reféns. Enquanto isso, o Ministério da Saúde palestino, administrado pelo Hamas, relata mais de 46 mil mortos na região desde o início do conflito.
Inicialmente, o cessar-fogo estava programado para as 8h30 no horário local, mas foi adiado até que Israel recebesse a lista de reféns confirmada pelo grupo palestino.
Movimento pela libertação
No sábado (18), manifestações em diversas cidades de Israel reuniram milhares de pessoas em apoio à libertação dos reféns mantidos em Gaza. Uma das histórias mais marcantes é a de Kfir Bibas, que completou dois anos enquanto estava em cativeiro. Ele foi capturado com seus pais e o irmão mais velho durante o ataque ao kibutz Nir Oz.
“Escrevi uma mensagem de aniversário para Kfir, mas não há palavras que expressem essa dor. Só lágrimas”, desabafou a tia do menino, Ofri Bibas Levy.
As imagens que circularam em outubro, mostrando a mãe de Kfir, Shiri Bibas, abraçando os dois filhos no momento do sequestro, tornaram-se um símbolo do impacto humanitário do conflito. O início do cessar-fogo alimenta a esperança de que o retorno dos reféns traga algum alívio às famílias afetadas.
Por: Redação
Foto: Jack GUEZ e Omar AL-QATTAA/AFP