Presidente define diretrizes para evitar crises e focar na segunda metade do mandato
Em reunião ministerial realizada na Granja do Torto, nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou mudanças na forma como o governo gerencia atos administrativos. Segundo Lula, os ministros não poderão mais emitir portarias ou normas sem o aval prévio da Casa Civil e da Presidência da República.
A medida surge após a recente polêmica envolvendo o PIX, quando a Receita Federal publicou uma norma ampliando a fiscalização das transações financeiras. A decisão gerou desinformação nas redes sociais, incluindo um vídeo falso do ministro Fernando Haddad, o que levou à revogação da norma e a um esforço para desmentir rumores sobre taxação do PIX.
“De agora em diante, nenhum ministro vai poder assinar algo que cause confusão sem antes passar pela Casa Civil e pela Presidência. Pequenos atos podem se transformar em grandes problemas para o governo”, afirmou Lula, enfatizando a importância de evitar desgastes desnecessários.
O presidente também cobrou maior dedicação dos ministros na entrega de resultados e pediu que eles estreitem o diálogo com partidos aliados, garantindo apoio político à gestão. “Estamos entrando na segunda metade do governo. Precisamos trabalhar muito, fortalecer nossas alianças e mostrar serviço à população”, destacou.
Lula alertou ainda que adversários políticos já estão em campanha para 2026 e pediu foco no trabalho em vez de antecipar disputas eleitorais.
Plano de Ação e Reforma Ministerial
A reunião também serviu para discutir metas e desafios dos próximos anos, com a participação de todos os ministros, líderes no Congresso e figuras como Magda Chambriard, presidente da Petrobras, e Celso Amorim, assessor de Lula. Além disso, o encontro ocorreu em meio a pressões por uma reforma ministerial, com partidos aliados cobrando maior representação no governo.
A única mudança confirmada até agora foi na Secretaria de Comunicação Social, onde Sidônio Palmeira assumiu o comando no lugar de Paulo Pimenta. Outras alterações em ministérios estratégicos estão sendo analisadas.
Por: Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR