Danielle Mendes sofreu reação alérgica grave e faleceu após aplicação de substância proibida pela Anvisa
Imagens de câmeras de segurança revelam os momentos em que a servidora pública Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro chega à clínica de estética e, horas depois, sai de maca, carregada por socorristas. Danielle faleceu após sofrer um choque anafilático, decorrente da aplicação de hialuronidase, uma substância de uso não autorizado pela Anvisa para procedimentos estéticos. A proprietária da clínica foi indiciada por homicídio com dolo eventual, por assumir o risco do resultado fatal.
O incidente ocorreu em 1º de dezembro de 2024, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Danielle foi convencida pela dona da clínica a realizar o procedimento. Pouco tempo depois da aplicação, apresentou uma reação alérgica grave e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas teve morte cerebral no dia seguinte.
A delegada Débora Melo, responsável pelo caso, destacou que a clínica não possuía equipamentos básicos de emergência, como um desfibrilador, fundamental para reverter quadros de parada cardíaca. Além disso, o local foi interditado após a descoberta de medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar e materiais cirúrgicos sem esterilização.
A proprietária da clínica foi presa preventivamente em 2 de dezembro, um dia após a morte da vítima. Além do homicídio, ela também responderá por crimes contra as relações de consumo, contra a saúde pública e por fraude processual qualificada.
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Vídeo: Reprodução
Por: Tatiane Braz
Foto: Divulgação/Polícia Civil