Mudança visa reduzir o valor das parcelas para aposentados e pensionistas
Aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS terão mais tempo para pagar seus empréstimos consignados. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou que o prazo para quitação das parcelas foi ampliado de 84 para 96 meses, ou seja, de sete para oito anos.
A medida também se aplica a quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e equipara o prazo do consignado do INSS ao oferecido a servidores públicos. Segundo Lupi, a decisão busca aliviar o impacto das prestações no orçamento dos segurados, já que mais de 16 milhões de pessoas utilizam essa modalidade de crédito.
A mudança será oficializada por meio de uma instrução normativa a ser publicada nesta quinta-feira (6). A ampliação do prazo vale para o crédito consignado tradicional, cartão de crédito consignado e cartão consignado de benefício. Além disso, os segurados poderão refinanciar seus contratos com mais 12 meses adicionais para pagamento.
Teto de juros e impacto nas taxas
A ampliação do prazo ocorre um mês após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) elevar o teto de juros do crédito consignado do INSS. A taxa para empréstimos pessoais subiu de 1,66% para 1,8% ao mês, enquanto o limite de juros do cartão de crédito consignado permaneceu em 2,46% ao mês.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, destacou que a mudança visa permitir parcelas mais acessíveis, evitando que segurados entrem em um ciclo contínuo de renegociações. Ele afirmou que o objetivo é oferecer um alívio financeiro, permitindo que os beneficiários tenham maior controle sobre seus compromissos.
O crédito consignado do INSS tem regras específicas que limitam o comprometimento da renda. Atualmente, os segurados podem destinar até 45% do benefício para essa modalidade, sendo 35% para empréstimos pessoais, 5% para o cartão de crédito consignado e 5% para o cartão consignado de benefício.
A decisão do governo tem impacto direto no mercado financeiro, uma vez que o crédito consignado possui baixíssima taxa de inadimplência devido ao desconto direto em folha. Segundo especialistas, a mudança pode tornar essa linha de crédito mais atrativa tanto para os bancos quanto para os segurados.
Por: Redação
Foto: Divulgação/MPS