Pré-candidato em Senador Canedo solicita ao Ministério Público o afastamento do Secretário de Educação.
O cenário em Senador Canedo permanece tenso devido às recentes ações envolvendo o pré-candidato a prefeito, Alexandre Braga, e o Secretário Municipal de Educação, Victor Peloso. Braga liderou um pedido de afastamento de Peloso, alegando questões de nepotismo, perseguição aos professores e irregularidades financeiras relacionadas aos uniformes escolares na Rede Municipal de Ensino.
Na última quinta-feira, 19 de outubro, a cidade testemunhou o início de uma greve geral que envolveu os professores da rede municipal. A greve foi uma resposta à decisão da Prefeitura de converter horas-aula em hora-relógio, uma medida que gerou controvérsias entre os educadores, pois alegaram que essa mudança resultaria em um aumento da carga horária e, consequentemente, em uma redução nos salários.
Braga destacou a importância de nomear secretários municipais com base na competência, em oposição às nomeações de familiares, e reforçou o compromisso de seu projeto em acabar com práticas políticas antigas que atrasam o progresso da cidade.
Desde o início do mês de outubro, os professores haviam suspendido as aulas em 33 das 52 escolas da cidade em protesto contra a proposta de conversão de horas-aula em hora-relógio. Os manifestantes argumentam que essa mudança levaria a um aumento na carga horária e, consequentemente, a uma redução nos salários.
Além disso, os servidores também estão reivindicando um plano de carreira, o fim do aumento da carga horária de trabalho, reajuste nos salários dos servidores administrativos, pagamento do piso salarial, melhorias na alimentação dos alunos e maior transparência na gestão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A greve continua a acontecer de forma independente, já que a representação sindical da categoria enfrenta desafios legais que a impedem de liderar as manifestações sob pena de multas consideráveis.
Um professor em greve, em entrevista exclusiva, explicou que a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo havia comunicado que os professores não seguiriam mais o que estava estabelecido no Estatuto, que determina uma jornada de 20 horas-aula, equivalente a 30 horas de trabalho, incluindo o tempo de planejamento e avaliação dos alunos. Essa mudança proposta significaria um aumento na carga de trabalho e uma redução nos salários para os professores.
Além da oposição à mudança na carga horária, os professores também reivindicam a atualização de um plano de carreira que não é revisado desde 2010. A categoria expressa descontentamento com a interrupção das negociações pela Secretaria, que contratou uma empresa de auditoria sem experiência na área educacional. Essas medidas têm gerado insatisfação entre os profissionais da educação.
Texto: Portal Democrata
Foto: Reprodução