MP-GO recorre da decisão que negou prisão preventiva do investigado, que possui histórico de condenações criminais
O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior, denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por abusar de uma adolescente durante uma consulta médica em Goiânia, em 2023, já havia sido acusado por condutas semelhantes em 2019, em Itumbiara, e em 2020, em Trindade. Além disso, ele possui uma condenação por feminicídio contra sua ex-mulher, ocorrido em 1999.
A história criminal de Alfredo começou em Minas Gerais, onde foi denunciado pelo Ministério Público em 2002. Em 2011, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Nova Lima, mas permaneceu foragido por quatro anos. Em 2015, foi localizado após participar como palestrante em um evento sobre pena de morte no Brasil, promovido por uma universidade em Rio Verde (GO), onde criticou o Poder Judiciário brasileiro.
Mesmo com seu histórico, o médico conseguiu retomar suas atividades profissionais em Goiás. Em 2009, transferiu seu registro para o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremego) e, após cumprir pena, voltou a atuar na capital goiana. Seu cadastro segue ativo no sistema, onde está registrado como cirurgião-geral.
O crime mais recente ocorreu em 6 de abril de 2023, quando Alfredo teria abusado de uma adolescente de 17 anos durante uma consulta. Segundo o MP-GO, ele se aproveitou de sua posição profissional para cometer o abuso.
“Considerando seus antecedentes, foi solicitada a prisão preventiva, mas a Justiça negou e determinou apenas medidas restritivas, incluindo a proibição de exercer a medicina”, afirmou o Ministério Público.
Diante da decisão, o MP-GO recorreu para reverter a negativa da prisão preventiva do investigado.
Por: Bruno José
Foto: Reprodução/TV Anhanguera