Confusão de nomes leva Débora à prisão por tráfico de drogas; Justiça reconhece erro após três dias e a liberta
No último domingo (16), Débora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, foi detida em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, após procurar a delegacia para relatar uma agressão sofrida por seu marido e solicitar medidas protetivas. Porém, devido a uma confusão com um mandado de prisão, ela foi presa erroneamente por tráfico de drogas.
O equívoco ocorreu quando os policiais identificaram um mandado de prisão contra uma mulher com nome semelhante, procurada em Minas Gerais. Embora as identidades fossem quase idênticas, as diferenças eram evidentes: a procurada era mais jovem, sem o sobrenome “da Silva”, e de Belo Horizonte, enquanto Débora é carioca e não tem ligação com a cidade mineira.
Mesmo com ferimentos visíveis, Débora foi levada à prisão e permaneceu na cadeia por três dias. Sua família, ao perceber a falha, tentou alertar as autoridades, destacando as evidentes discrepâncias entre as duas mulheres, mas o erro só foi reconhecido durante a audiência de custódia. Na ocasião, a Justiça confirmou o engano e ordenou sua soltura.
O juiz responsável pelo caso explicou que o mandado foi emitido por um tribunal de Belo Horizonte, e, com isso, a certidão corrigindo o erro foi expedida pela Justiça mineira. A Polícia Civil informou que apenas cumpriu o mandado existente no sistema, enquanto a investigação sobre a agressão sofrida por Débora continua.
Este incidente levanta questões sobre a eficácia das conferências de dados nas prisões e a falha em garantir que a detenção não ocorra por engano, principalmente quando se trata de casos envolvendo vítimas de violência doméstica.
Por: Lucas Reis
Foto: Reprodução