Ícone da música brasileira, cantora faleceu aos 84 anos após longa luta contra problemas de saúde
O Rio de Janeiro se prepara para se despedir de uma de suas vozes mais marcantes. O velório de Nana Caymmi será realizado nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30, no Theatro Municipal. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
A cantora faleceu na noite de quinta-feira, 1º, aos 84 anos, após enfrentar durante nove meses uma árdua batalha contra problemas cardíacos. Internada na Casa de Saúde São José, Nana passou por implante de marcapasso, lidava com desconforto respiratório e fazia sessões diárias de hemodiálise. Nos últimos meses, lutava ainda contra uma osteomielite, infecção óssea que lhe causava dores intensas. Segundo o irmão, Danilo Caymmi, ela manteve a lucidez até o dia 30 de abril, quando entrou em choque séptico.
Filha do lendário Dorival Caymmi, Nana encantou gerações com sua voz densa e interpretação única. Iniciou a carreira nos anos 1960 ao lado do pai, interrompeu-a para formar família e, incentivada pelo irmão Dori, retornou aos palcos ainda naquela década. Nos anos seguintes, emprestou sua voz a grandes nomes da MPB como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa e Dona Ivone Lara.
O reconhecimento popular veio em 1998, com Resposta ao Tempo, canção de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, eternizada como tema da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.
O Brasil, agora, presta suas últimas homenagens a uma artista que transformou emoções em música e conquistou um lugar definitivo na memória afetiva do país.
Por: Tatiane Braz
Foto: Jornal Nacional/ Reprodução