Banco Central reforça segurança do sistema com exigência de dispositivo autorizado e amplia funcionalidades como parcelamento e uso como garantia de crédito
Desde novembro de 2024, o Banco Central do Brasil passou a adotar uma nova regra para aumentar a segurança nas transações via PIX. Agora, qualquer pagamento acima de R$ 200 só pode ser realizado por meio de dispositivos previamente cadastrados pelo titular da conta. A medida visa reduzir fraudes e garantir que apenas o dono do acesso autorizado consiga efetuar transferências de maior valor.
A mudança, que integra uma série de atualizações no sistema de pagamentos instantâneos, não indica o fim da quitação de boletos via PIX, como chegaram a especular alguns usuários. Segundo o Banco Central, o objetivo é aperfeiçoar o serviço sem prejudicar sua agilidade, que é uma das marcas do modelo desde sua implementação.
Entre as novidades mais recentes está também o PIX parcelado, recurso que permite ao consumidor dividir pagamentos utilizando uma linha de crédito disponibilizada pela instituição financeira. Nessa modalidade, o lojista recebe o valor integral no ato da compra, enquanto o cliente paga em prestações — benefício que tem ganhado espaço no varejo.
Em outubro de 2025, outro avanço foi anunciado: o processo de reembolso via PIX foi simplificado. Agora, o consumidor pode iniciar a contestação diretamente no aplicativo do banco, sem necessidade de contato telefônico ou presencial.
Para os próximos anos, a agenda de inovações do Banco Central inclui o uso do PIX como garantia de empréstimos, uma funcionalidade prevista para 2026 e voltada, inicialmente, para empresas e estabelecimentos comerciais. A ideia é que o histórico de movimentações possa servir como base para a liberação de crédito de forma mais rápida e segura.
Especialistas ainda apontam que o sistema pode incorporar outras funcionalidades, como a integração do vale-alimentação ao PIX, oferecendo mais flexibilidade no uso do benefício e unificando plataformas de pagamento no país.
A instituição afirma que continuará a investir no aprimoramento da ferramenta, que já se consolidou como um dos principais meios de pagamento entre os brasileiros.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil