Animação anunciada para 2027 pode finalmente acompanhar o envelhecimento do público e atualizar a narrativa da família de super-heróis da Pixar.
Desde que Os Incríveis 3 foi oficialmente anunciado, uma onda de nostalgia tomou conta de muitos adultos que eram crianças quando o primeiro filme estreou em 2004. Quase duas décadas depois, o público que acompanhou as aventuras da família Pêra está pronto para um novo capítulo — e talvez um necessário ajuste na linha do tempo da franquia.
Lançado em 2018, Os Incríveis 2 deu continuidade direta aos eventos do longa original, mantendo os personagens no mesmo momento temporal, apesar do intervalo de 14 anos entre os filmes. O recurso gerou certa frustração entre os fãs, que esperavam ver a evolução da família de super-heróis e o impacto do tempo sobre seus poderes, relações e desafios.
Com previsão de estreia para 2027, o terceiro filme da saga é uma oportunidade para a Pixar corrigir esse descompasso e oferecer um salto temporal coerente com o amadurecimento do público. A ideia de mostrar as crianças Violet, Flecha e Zezé em fases mais avançadas da vida — talvez lidando com adolescência, juventude e novas responsabilidades — pode trazer um fôlego narrativo inédito à trama.
Além disso, a franquia sempre teve uma relação direta com o tempo. O primeiro filme já abordava o impacto de anos de inatividade nos heróis e o desejo de voltar à ação. Reforçar essa abordagem em um novo contexto, mais envelhecido e realista, pode ser uma forma poderosa de dialogar com temas universais como família, legado e identidade.
Resta agora saber se a Pixar ouvirá seus fãs e trará essa mudança para a telona. Se fizer isso, Os Incríveis 3 pode não só encerrar a trilogia com maestria, como também corrigir o que muitos consideram o maior deslize da sequência anterior.
Por: Lucas Reis
Foto: Adoro Cinema