Bebês unidas pelo tórax e abdômen foram operadas em Goiânia após Eliza apresentar piora respiratória; procedimento foi finalizado com sucesso
As gêmeas siamesas Eliza Vitória e Yasmin Vitória, nascidas em Manaus e unidas pelo tórax e abdômen, passaram por uma cirurgia de separação de urgência na manhã desta terça-feira (13), em Goiânia. A medida foi tomada após a bebê Eliza apresentar complicações respiratórias, exigindo suporte por ventilação mecânica, enquanto Yasmin seguia respirando normalmente.
“Segundo nota do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), a bebê Eliza estava respirando por meio de ventilação mecânica, enquanto Yasmin respirava em ar ambiente.”
As meninas foram levadas ao centro cirúrgico ainda nas primeiras horas do dia. De acordo com o Hecad, ambas estavam sendo alimentadas por sonda e não apresentavam piora clínica significativa antes do procedimento. A recomendação inicial era aguardar até que completassem três meses de vida para que ganhassem peso, imunidade e completassem a vacinação, mas a situação de Eliza acelerou a decisão da equipe médica.
“Com o agravamento do quadro respiratório da Elisa, o coração da Yasmin começou a sobrecarregar, podendo trazer consequências mais graves, informou a assessoria.”
O hospital informou, às 11h53, que a separação foi concluída com sucesso. Após a cirurgia principal, as bebês permaneceram no centro cirúrgico para a etapa de reconstrução realizada por cirurgiões plásticos.
“A cirurgia de separação foi finalizada com sucesso. Entretanto, as irmãs seguem no centro cirúrgico da unidade para a equipe de cirurgia plástica realizar a etapa de reconstrução das estruturas de cada uma das bebês.”
Eliza e Yasmin chegaram à capital goiana na noite de 24 de abril, acompanhadas pela mãe, Elizandra da Costa, de 22 anos. A transferência foi realizada para que as meninas recebessem atendimento especializado. O cirurgião Zacharias Calil, responsável pelo procedimento, contou que já acompanhava o caso pelas redes.
“O médico Calil disse em suas redes sociais que já conhecia o caso das gêmeas por fotos e vídeos. De acordo com ele, Goiás é referência nesse tipo de tratamento.”
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/Hecad