Patrimônio Cultural Afro-Brasileiro: Preservando Tradições e Legados em Aparecida de Goiânia

A Coordenadoria de Igualdade Racial de Aparecida de Goiânia apresenta uma vigorosa solicitação ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-GO) para o reconhecimento e tombamento dos festejos e tradições das comunidades de matriz africana Ilê Onilewa Azanado, no Jardim Buriti Sereno, e Vovó Maria Conga, no Jardim Alto Paraíso.

No cerne dessa petição está a rica herança social das lideranças dessas comunidades, bem como a inestimável importância da preservação da cultura e religião dos povos de matriz africana. Destaca-se, ainda, o notável trabalho social desempenhado por ambas ao longo de várias décadas na cidade.

 

Dona Maria Baiana, ao liderar a Comunidade Vovó Maria Conga no Jardim Alto Paraíso por quatro décadas, deixou um legado monumental para seu povo. Sua dedicação incansável na defesa das tradições e costumes da vertente umbandista a destacou como uma mulher aguerrida.

Por sua vez, a Yalorisá Teresa Cleidecer Dias, da nação de Candomblé de ketú, é uma referência regional há mais de 50 anos. À frente da Comunidade Ilê Asé Onilewa Azanado, no Jardim Buriti Sereno, ela desempenha um papel ativo na preservação das tradições das comunidades de matriz africana na cidade, englobando aproximadamente 100 segmentos ético-religiosos distintos.

 

A solicitação enfatiza que essas comunidades “possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos transmitidos pela tradição“. Dessa forma, busca-se não apenas o reconhecimento, mas a salvaguarda desses elementos fundamentais para a identidade cultural da região.

 

Texto: Alex Alves

Foto: Divulgação/Igualdade Racial – Aparecida

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