Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Reprodução
Um dos casos que vinha tendo cobertura da mídia goiano acabou tendo um desfecho triste. Uma das siamesas que viajaram de São Paulo para Goiânia para ser separada, acabou morrendo. De acordo com a família, a pequena Kiraz, de 1 ano e seis meses, não resistiu e teve a morte confirmada nesta segunda (19).
Ela e a irmã Aruna foram levadas à capital de Goiás para a realização do procedimento pelo médico Zacharias Calil, no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Unidas pelo tórax, abdômen e bacia, elas foram separadas em uma cirurgia de 19 horas. O procedimento iniciou no dia 10 e só foi finalizado no dia seguinte.
Logo após o processo, as duas tiveram febre alta e ficaram entubadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com o G1, o hospital informou o andamento do protocolo de morte encefálica. Porém, o estado de saúde de Aruna não foi divulgado. Ao todo, a cirurgia teve 16 especialistas e uma equipe de 50 profissionais.
Em entrevista à TV Anhanguera, antes da cirurgia, o procedimento é considerado muito complexo. “Você tem que dividir o intestino, as bexigas, retirar a terceira perna. Tudo isso provoca uma reação inflamatória intensa nos dois organismos”, explicou.
Ainda de acordo com o médico, as gêmeas eram unidas pelo osso ísquio e possuíam três pernas, além de compartilhar a bacia, abdômen e tórax, além de diversos órgãos, sendo classificadas como esquiópagas triplas, um caso especialmente complexo.