O Jornal Tribuna Democrata através de seus portais; Portal Democrata e Portal Fala Canedo. Trás uma matéria especial neste dia 27 de novembro Dia Nacional de Combate ao Câncer.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi instituído pela Portaria MS/GM nº 707/1988 com o objetivo de ampliar o conhecimento da população brasileira sobre o câncer, principalmente sobre a sua prevenção.
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
Pensando nisso preparamos um material informativo de relevância para os nossos leitores e trazemos uma história linda de uma artista carioca e que mora no estado a muitos anos, que recentemente foi diagnosticada com essa doença que vem crescendo assustadoramente no mundo, em seguida traremos as informações sobre os avanços da ciência no combate à doença.
Apresentamos a cantora e compositora Tanarrê da Cidade de Valparaiso de Goiás, região leste do estado, que nos concedeu uma entrevista exclusiva ao nosso redator Salmo Vieira.
Acompanhe a entrevista na integra
Salmo Vieira – Qual é o seu nome e como surgiu o seu nome artístico?
Tanarrê – Meu nome é Renata Ferreira, Tanarrê surgiu com 9 anos de idade numa brincadeira de colégio, onde nós os amiguinhos ficávamos trocando o nome de trás para frente e o meu ficou “ATANER”. De tanto brincar assim, quando fui dormir, agitada com aquela brincadeira, eu sonhei com o nome (TANARRÊ), onde todos nesse sonho me chamavam assim. E desde então adotei esse pseudônimo. E todos começaram a me chamar assim. Professores, familiares, amigos e assim a todos que me conheciam eu dava esse nome.
Salmo Vieira – Quantos anos tem e quando você começou a cantar?
Tanarrê – Hoje estou com 47 anos, comecei a cantar com 17 anos na noite para ganhar dinheiro. Mas desde pequenininho canto e faço músicas. Sou autodidata, jamais fiz aula de instrumentos nem de canto.
Salmo Vieira – Você também compõe?
Tanarrê – Sim sou compositora também.
Salmo Vieira – Você toca instrumentos?
Tanarrê – Toco violão, mas tenho habilidade com outros instrumentos. Uma facilidade artística que nasci com ela.
Salmo Vieira – Frequentou escola de música?
Tanarrê – Não, já participei de um coral, mas não cheguei a aprender partituras, foi só um ensaio para uma apresentação. Concurso de corais da BSGI em São Paulo.
Salmo Vieira – Já participou de concurso de talentos, como The Voz Brasil?
Tanarrê – Infelizmente no The você Brasil nunca fui selecionada. Mas fiz parte do programa da Record de Brasília, show da cidade e ganhei a voz de ouro de Brasília. Já fiz inscrição em outros realidade show, mas não tive a sorte de ser chamada até hoje.
Salmo Vieira – Pode nos dizer as suas principais composições?
Tanarrê – Bem tenho várias, mas as mais conhecidas são as que já postei nos meus canais YouTube, Instagram, TikTok. As pessoas cantam muito, “setembro”. “Razão”.
Salmo Vieira – Recentemente você foi diagnosticada com câncer, como foi a sua reação?
Tanarrê – Sim em 11 de abriu recebi o diagnóstico de câncer de mama, ficamos todos apreensivos. Por se tratar de uma doença que por muitos anos não tinha cura e ainda o risco de morte ainda é muito recorrente, a pessoa já acha que os dias estão contados. Mas vai indo e vamos nos apegando a coisas mais positivas, nos resultados de vitória e superação, trabalhando a mente que somos capazes de ultrapassar a cada dia. Afinal não é exatamente uma doença que pode acabar com a vida de alguém. A morte é para todos é a lei da vida. Um ciclo que vai do nascimento, envelhecimento, doença e morte. Todos vamos passar. O que vejo de diferença nesse processo é como vou viver até o encerramento da minha missão. Eu tento viver da melhor forma, onde dou valor a cada coisa, prezando cada pessoa que me faz bem. Dando valor mesmo a vida é sendo grata a cada dia que acordo e posso ter mais uma oportunidade. É sobre isso, levar a vida com gratidão e alegria, porque mesmo com uma doença ou outras adversidade, nós temos a oportunidade de aprender e evoluir como ser humano. Para mim esse é o grande sentindo da vida, sermos melhores a cada dia para si e para o outro.
Salmo Vieira – Como está indo o tratamento?
Tanarrê – O desafio é muito grande, exige coragem, e muita vontade de viver. Pois a quimioterapia é um tratamento muito agressivo para todo o corpo, dos pés a cabeça. Muitos efeitos colaterais. Além de ser muito caro, chega ser surreal. Muitos exames quase todos os dias, o acompanhamento tem que ser minucioso, pois é uma doença traiçoeira.
Salmo Vieira – Nós acompanhamos o seu trabalho e estamos vendo que você tem usado o seu talento para ajudar outras pessoas e artistas a enfrentarem a doença de cabeça erguida. Como tem sido esse trabalho e a participação do seu público que te acompanha?
Tanarrê – Sim faço questão de dar as mãos para outras pessoas que estão vivendo a mesma situação, vejo que precisamos uns dos outros, criando uma rede de esperança e amor. E podem continuar contando comigo! Em relação ao meu público, nossa só gratidão por estarem apoiando em orações, em ações para conseguir dinheiro para o tratamento. “Só gratidão”.
Hoje mais do que nunca preciso de mais ajuda, pois com a mudança da droga da quimioterapia, estou com a saúde mais debilitada e sendo assim a demanda de exames aumentou, tem transporte, remédios, alimentação. Infelizmente fui negada no INSS e não tenho mais condições de exercer meu trabalho. No mais peço a todos os leitores do jornal e os que me acompanhem nas redes sociais e toda ajuda é bem-vinda.
Quem quiser ajudar financeiramente este é o nosso Pix. 61991296726.
Tanarrê: Instagram: @ttanarre
face book: Tanarre Tanarre
Youtube: Tanarrê Oficial
TikTok: @tanarreoficial
27/11 – Dia Nacional de Combate ao Câncer
O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.
O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos. Entre eles está o pulmão, o mais comum entre os tumores malignos, apresentando aumento de 2% ao ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.
Causas:
O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.
Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.
Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente de trabalho (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) e o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida). Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores alteram a estrutura genética (DNA) das células.
As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos.
Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno.
O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida.
Fatores de risco:
O termo “risco” é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, desenvolver uma doença.
Os fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados fatores de risco. O mesmo fator pode ser de risco para várias doenças – o tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias.
Vários fatores de risco podem estar envolvidos na origem de uma mesma doença. Estudos mostram, por exemplo,
a associação entre álcool e tabaco com o câncer da cavidade oral.
Nas doenças crônicas como o câncer, as primeiras manifestações podem surgir após muitos anos de uma exposição única (radiações ionizantes, por exemplo) ou contínua (no caso da radiação solar ou tabagismo) aos fatores de risco.
A exposição solar prolongada sem proteção adequada durante a infância pode ser uma das causas do câncer de pele no adulto.
Os fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, herdados ou resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural.
Prevenção:
A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença.
O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável.
O objetivo da prevenção secundária é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.
Texto: Salmo Vieira
Foto: Arquivo Pessoal Tanarrê