Brasileira está há mais de 70 horas isolada em penhasco, sem comida, água e proteção contra o frio
Uma equipe de voluntários iniciou, na noite desta segunda-feira (24), pelo horário de Brasília, a arriscada descida no vulcão Rinjani, na Indonésia, para tentar resgatar a brasileira Juliana Marins, desaparecida desde sexta-feira (20). Segundo a família, a publicitária de Niterói (RJ) está há mais de 70 horas isolada em um penhasco, sem acesso a água, comida e proteção contra o frio.
A atualização sobre a operação foi publicada pelos familiares nas redes sociais. De acordo com eles, Juliana está mais distante do que o estimado inicialmente. “A equipe de resgate já desceu 400 metros, mas ainda restam aproximadamente 650 metros para chegar até ela. Ela estava bem mais longe do que se pensava ontem”, informaram.
Até o momento, não há informações concretas sobre o estado de saúde da brasileira. Desde a queda, Juliana foi vista apenas movendo os braços e olhando para cima, conforme relataram turistas que passavam pela trilha e testemunharam o acidente.
Dois helicópteros aguardam autorização para decolar
Além da equipe que faz a descida a pé, dois helicópteros de resgate permanecem de prontidão na Indonésia. No entanto, os voos ainda dependem de autorização para sobrevoar a área onde Juliana está. “Os helicópteros aguardam liberação do espaço aéreo para decolarem e iniciarem a operação aérea”, explicaram os familiares.
O acidente aconteceu na sexta-feira (20), quando Juliana, que fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tropeçou, escorregou e caiu de um penhasco de aproximadamente 300 metros. Segundo relatos, desde então ela continuou deslizando montanha abaixo.
Condições extremas e mobilização nas redes
Imagens divulgadas por turistas mostram que Juliana está com roupas leves, inadequadas para enfrentar as baixas temperaturas da região à noite. Ela também não teria acesso a alimentos ou água desde a queda.
Foram justamente os turistas que alertaram a família no Brasil, enviando fotos, vídeos e a localização exata da brasileira. Desde que o caso ganhou repercussão, brasileiros se mobilizaram nas redes sociais para pressionar as autoridades da Indonésia a acelerar as ações de resgate.
A expectativa é que, com o avanço da equipe de voluntários e o possível apoio aéreo, Juliana Marins possa ser resgatada nas próximas horas.
Por: Lucas Reis
Foto: Reprodução/Redes Sociais