Polícia aponta falhas no atendimento pós-operatório; vítima teve complicações e não foi levada a tempo para UTI
A Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito que investiga a morte da empresária Fábia Portilho, de 52 anos, após a realização de uma mamoplastia e uma lipoaspiração em um hospital particular de Goiânia, em maio de 2024. Dois médicos foram indiciados por homicídio culposo: o cirurgião plástico Nelson Rodrigues e o médico plantonista Eduardo Lima de Melo Júnior.
Segundo a delegada Lara Soares, responsável pelo caso, houve negligência no atendimento à paciente após a cirurgia, especialmente por não encaminhá-la com urgência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mesmo diante de sinais de agravamento clínico. Laudos médicos e depoimentos de outros profissionais reforçaram essa conclusão.
A defesa do cirurgião afirma que a morte decorreu de uma complicação grave, mas conhecida dentro do contexto de cirurgias plásticas extensas, e que os riscos foram informados e consentidos previamente. Também destacou que o indiciamento ainda é parte do processo investigativo e não representa culpa formada.
Os dois médicos agora aguardam a análise do Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia. Em caso de condenação, a pena para homicídio culposo varia de um a três anos de detenção, podendo ser aumentada em razão das circunstâncias do caso.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução/Instagram