Com participação da PF e da família, exame pretende detalhar horário do falecimento e possíveis falhas no socorro
A Polícia Civil do Rio realiza nesta quarta-feira (2) uma nova perícia no corpo da publicitária Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A solicitação partiu da família da vítima e foi autorizada pela Justiça Federal, com mediação da AGU e da DPU.
O corpo chegou ao Brasil na noite de terça-feira (1º) em voo da FAB, que aterrissou na Base Aérea do Galeão às 19h40. Na sequência, o traslado foi feito até o IML, onde ocorre o exame, acompanhado por um perito da Polícia Federal e por um familiar.
“A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil, em Jacarta, se baseou em autópsia realizada pelas autoridades indonésias, mas não trouxe informações conclusivas sobre o momento exato do falecimento”, informou a DPU.
A defensora pública federal Taísa Bittencourt reiterou: “A realização do novo exame é fundamental para preservar elementos que possam esclarecer os fatos.”
Segundo Mariana Marins, irmã da vítima, a família resistia à ideia, mas decidiu seguir adiante diante das dúvidas e da sensação de abandono:
“A gente não tem certeza de muita coisa, porque foram muitos descasos. Não queríamos dar mais esse passo, mas infelizmente entendemos ser necessário para sabermos o que realmente aconteceu com a Juliana.”
A primeira autópsia, realizada no Hospital Bali Mandara, indicou trauma com fraturas e hemorragia como causa da morte. A nova perícia tentará indicar a dinâmica exata da queda, o local do óbito e se houve negligência no resgate.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução