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Por: Alex Alves
Fotos: Reprodução
A investigação indica pelo menos outras duas empresas utilizadas no esquema de desvio de produtos químicos
A investigação revela uma intricada trama envolvendo a empresa Anidrol Produtos para Laboratórios LTDA, cujos sócios-administradores são o influencer Renato Cariani e Roseli Dorth. Suspeitas surgiram quanto à comercialização de produtos químicos para empresas de fachada, com indícios de conexão com Fábio Spínola, preso em uma operação da PF relacionada ao tráfico internacional de drogas.
Spínola é apontado como intermediário que se passou por Augusto Guerra, falso comprador de produtos químicos da empresa AstraZeneca. A investigação indica pelo menos outras duas empresas utilizadas no esquema de desvio de produtos químicos, negociando e pagando substâncias da Anidrol para a possível fabricação de drogas.
O inquérito revela a ausência de qualquer negociação entre AstraZeneca e Anidrol, inexistência de registros de compra dos insumos no Brasil e a confirmação de que Augusto Guerra não é um funcionário da farmacêutica.
Notas fiscais foram emitidas para pagamentos em dinheiro em espécie por insumos associados à produção de drogas, como o crack. Renato Cariani alega, em vídeo nas redes sociais, que a substância mencionada é destinada à indústria química.
As autoridades alertaram Cariani sobre a falsa representação da AstraZeneca pela empresa compradora, mas evidências indicam que a empresa continuou negociando e recebendo depósitos em espécie mesmo após os avisos.
Essa trama complexa suscita preocupações quanto às atividades ilegais envolvidas na venda de produtos químicos e destaca a importância das autoridades em agir para desmantelar tais esquemas e garantir a segurança pública.