Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Reprodução/G1
Uma foto, que foi publicada com exclusividade pelo G1 nesta sexta-feira (22), mostra a advogada Amanda Partata tomando café com o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, no dia em que foram envenenados. Principal suspeita, Amanda se encontra presa em Goiânia (GO) desde a última quarta-feira (20), quando foi abordada pelos policiais em uma clínica psiquiátrica. De acordo com os agentes, ela estaria no local porque teria tentado tirar a própria vida.
Durante audiência de custódia realizada nesta última quinta-feira (21), ela negou mais uma vez o crime e declarou que a história vem “acabando com a sua vida”. Contudo, teve a sua prisão mantida pelo juiz André Reis Lacerda que, inclusive, determinou que a suspeita fosse colocada em uma cela separada.
Ameaças e aproximações: advogada nega o crime
De acordo com a Polícia Civil, ela foi motivada pelo sentimento de rejeição do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Assim, a advogada teria fingido uma gravidez e teria ameaçado o ex-namorado e sua família por quase seis meses. A partir do meio do ano, Amanda chegou a mandar mensagens em SMS e usou pelo menos seis perfis falsos nas redes sociais para tentar “encurralar” o seu ex-namorado que, inclusive, chegou a registrar um boletim de ocorrência.
Na versão do delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, a suspeita tinha a vontade de ficar próxima ao rapaz e da família dele quando anunciou a suposta gravidez. Porém, segundo às investigações da polícia, Amanda não está grávida e friamente usou a história para se aproximar e ter mais acesso às vítimas.
“Ela não está grávida agora e já não está grávida há algum tempo, apesar dela ainda dizer que está grávida. O exame Beta HCG, que a própria defesa dela nos trouxe, mostra que deu zerado, ou seja, ela não está grávida há algum tempo, mesmo fingindo ter enjoos da gravidez”, disse o delegado.
Recapitulando todo o caso
Leonardo Pereira Alves, ex-sogro de Amanda e de 58 anos, e a sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram após terem consumido uma bebida envenenada. O caso aconteceu logo após um café da manhã da suspeita com as vítimas. Logo depois de três horas do consumo, as vítimas foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia (GO), apresentando diversos sintomas de envenenamento, como dores abdominais, vômitos, diarreia. Mesmo com os cuidados médicos, ambos não resistiram e acabaram morrendo no último domingo (17/12).
Após investigações da polícia, um mandado de prisão temporária contra Amanda foi cumprido. Ao ser presa, a advogada negou o crime na porta da delegacia e insistiu que estaria grávida, o que foi novamente desmentido pela polícia. Mesmo com toda a repercussão, a defesa de Amanda ainda não se posicionou sobre o andamento do caso.