Por: Sidney Araujo
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O Brasil acaba de dar um salto histórico no seu mercado de energia. Está em vigor a Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), que autoriza qualquer consumidor ligado ao sistema de alta tensão – o chamado Grupo A – a migrar para o mercado livre. O setor estima que 165 mil novos consumidores possam fazer a migração do mercado cativo procurando preços melhores.
Uma das marcas que mais acompanha esses movimentos de conversão é a Tradener, primeira comercializadora de energia livre que inaugurou esse mercado no Brasil. Para o seu presidente, Walfrido Avila, “o país vive um momento de vitória”. Para ele, “essa possibilidade de entrada desses novos consumidores alinha o Brasil com um discurso que já é uma realidade há mais tempo em todo o mundo”.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mais de 8,7 mil consumidores já haviam entrado com o pedido de migração – isso deve ser feito com 06 meses de antecedência. Para a CCEE- Câmara de Comercialização de Energia Elétrica 24 mil consumidores devem se retirar do mercado cativo em 2024. Isso se justifica porque a nova regre vai permitir que 37 mil consumidores do total de 202 mil que o país tem em alta tensão possam fazer a opção pela ambiente de comercialização livre. O mercado livre já atende 90% da indústria permitida pelas regras atuais e a CNI- Confederação Nacional da Indústria estima que mais de 55% das unidades que vão se encaixar nas novas regras querem fazer a migração.
Para Walfrido Avila existem dois pontos fundamentais no interesse dos empresários pelo mercado livre – preço e atendimento. “Além do mercado livre ter apresentado descontos que chegam a 30% na conta de energia dessas empresas, temos um setor de prestação de serviço muito eficiente que orienta o novo cliente desde a sua migração até o planejamento da sua compra de energia”, diz ele. O Brasil tem hoje mais de 510 comercializadoras de energia.
Hoje está no Congresso Nacional a abertura total do mercado em 2026 para clientes comerciais de baixa tensão e dois anos depois, em 2028, para clientes residenciais e rurais. Há uma discussão sobre o assunto sobre os contratos com as distribuidoras do mercado regulado e com os geradores de energia.
Para o CEO da Tradener essas questões devem ser resolvidas sem grandes problemas. Walfrido Avila enxerga uma plena maturidade no mercado nacional de energia para a sua plena abertura. “É evidente que com a abertura plena do mercado de energia os grandes ganhadores serão os consumidores, a produção nacional. Já vimos isso em outros países e com certeza não será diferente aqui no Brasil”, defende.
Além de comercializadora pioneira no mercado nacional a Tradener também foi a marca que inaugurou a exportação de energia no Brasil, atendendo os vizinhos Uruguai e Argentina.