Gaza: ataques aéreos israelitas atingem mesquita e um abrigo da ONU

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Por: Salmo Vieira

Foto: Israeli Army/AFP


Os ataques israelitas já mataram mais de 25.700 pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas

 

Pelo menos cinco pessoas morreram num ataque a uma mesquita na cidade de Rafah, no sul de Gaza, na passada quarta-feira. Os mortos e os feridos foram levados para o hospital Abu Youssef Al-Najjar, situado nas proximidades.

 

As imagens captadas pelos jornalistas mostram a extensão da destruição, com edifícios parcialmente demolidos ou completamente arrasados, bem como o rescaldo no hospital.

 

Uma sobrevivente do ataque à mesquita, falou como foi o ataque. “Estávamos sentados em casa quando atingiram a mesquista que fica mesmo ao lado sem qualquer tipo de aviso” recorda Mohammad Lafy.

 

Os disparos israelitas já mataram mais de 25.700 palestinianos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde, dirigido pelo Hamas.

 

Abrigo da ONU atacado em Khan Younis


Foto: Israeli Army/AFP

A segunda maior cidade da Faixa de Gaza, Khan Younis, está novamente sendo alvo de ataques. Segundo as Nações Unidas, os israelitas atingiram uma instalação da ONU que abrigava palestinianos desabrigados, matando pelo menos nove pessoas e ferindo outras 75.

 

O exército israelita afirmou que as suas forças estavam a combatendo os militantes em Khan Younis na quarta-feira, depois de terem cercado a cidade um dia antes.

 

Nos últimos dias, milhares de pessoas tentaram fugir para o sul, amontoando-se em abrigos perto da fronteira com o Egipto. Outras milhares de pessoas estão presas no maior hospital da cidade por causa do combate.

 

De acordo com o Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS), citado nas agências internacionais, as forças israelitas impuseram um “toque de recolher total” à volta do Hospital El Amal.

 

O Tribunal das Nações Unidas emitiu uma decisão sobre pedido de genocídio da África do Sul

O tribunal das Nações Unidas vai pronunciar-se na sexta-feira sobre o pedido da África do Sul contra Israel, que inclui a suspensão da ofensiva israelita em Gaza. A decisão é uma fase preliminar de um processo apresentado pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, onde o país alega que a ação militar de Israel contra o Hamas em Gaza equivale a um genocídio.

 

O tribunal de Haia, na Holanda, anunciou a data da decisão provisória na quarta-feira. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da África do Sul disse que o ministro dos Negócios Estrangeiros Naledi Pandor viajaria para Haia para representar o país na decisão de sexta-feira.

 

Diplomacia internacional lamenta impacto das ações de Israel

 

Jamie McGoldrick, Coordenador Especial Adjunto em exercício e Coordenador Residente no Gabinete do Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, afirmou que “A família das Nações Unidas e os seus aliados estão tentando resolver a situação da melhor forma possível”.

 

Em Israel, um grande grupo de cidadãos que se manifestava a favor da libertação dos reféns de Gaza, bloqueou o trânsito na autoestrada Ayalon, uma via central de Telavive. De acordo com os meios de comunicação social de Israel, o protesto ocorreu quando o Qatar informou a Israel de que o Hamas está adiando temporariamente todas as conversações sobre um acordo geral para a libertação dos reféns do grupo palestiniano.

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