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Por: Redação/portalfalacanedo.com.br
Foto: Divulgação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou um grande ato para este domingo (25/05), às 15h, na Avenida Paulista, em São Paulo. A mobilização, que tem sido amplamente divulgada nas redes sociais e contará com a presença de diversos aliados políticos, tem como objetivo central mostrar a força política e capacidade de mobilização do ex-presidente e seus apoiadores.
Atendendo ao pedido de Bolsonaro, aliados políticos de diferentes estados desistiram de eventos locais para confirmar presença no ato em São Paulo. Além disso, pelo menos quatro governadores estarão presentes: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; e Romeu Zema (sem partido), de Minas Gerais, que anunciou recentemente sua participação na mobilização.
A expectativa é reunir entre 500 mil e 700 mil pessoas, segundo informações divulgadas pelos organizadores. Para o cientista político Murillo Aragão, da Arko Advice Pesquisas, o objetivo desse ato vai além da simples manifestação pública:
“Bolsonaro usa e abusa da ambiguidade. Creio que o discurso terá mensagens contraditórias de agressividade e respeito aos poderes. Se comparecer um bom número de pessoas, será muito bom politicamente para ele. Acho difícil que ele seja preso, mas terminaria sendo ‘positivo’ para ele como vítima de perseguição política. Um preso político”, analisa Aragão.
Com a presença esperada de pelo menos 100 deputados e de 10 a 15 senadores, o evento contará com uma estrutura significativa, incluindo dois trios elétricos e um custo estimado entre R$ 90 mil e R$ 100 mil. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está prevista para discursar na manifestação, juntamente com aliados políticos como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o pastor Silas Malafaia.
Em relação à segurança, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o ato contará com um esquema reforçado de policiamento, com cerca de 2 mil agentes a postos. Drones do sistema olho de águia e câmeras fixas e móveis também estarão disponíveis para monitorar eventuais ocorrências.
Para Geraldo Tadeu, cientista político da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o ato também serve como uma forma de “pressão” diante das investigações em andamento na Polícia Federal:
“É uma tentativa de reagir às investigações de uma maneira política, de embaraçar ou dificultar essa manifestação da Polícia Federal a partir da demonstração de força de Bolsonaro e dos seus correligionários.”
Este ato na Avenida Paulista, além de ser uma demonstração de apoio ao ex-presidente, será também um importante termômetro do cenário político atual, especialmente em meio às investigações em curso. A presença de líderes políticos de diferentes estados e o grande número de apoiadores esperados ressaltam a relevância desse evento para o futuro político do país.