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Por: Tatiane Braz
Foto: Destaque NELSON ALMEIDA / AFP
No último domingo, uma manifestação convocada por Jair Bolsonaro ocupou a Avenida Paulista com discursos que ecoaram defesas ao ex-presidente e seu governo, além de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os presentes estavam figuras como Valdemar da Costa Neto, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e outros políticos e apoiadores.
O tom dos discursos foi marcado pela negação de qualquer envolvimento de Bolsonaro em um golpe de estado, apesar das investigações em curso da Polícia Federal. Essas investigações trouxeram à tona uma série de revelações alarmantes, incluindo minutas de decretos e planos que sugerem uma tentativa de subverter a ordem democrática.
Entre os achados estão documentos que propõem a instauração de estados de defesa e sítio, com o intuito de anular resultados eleitorais e prender autoridades. A descoberta de uma estrutura paralela de inteligência, monitorando opositores e até mesmo o ministro Alexandre de Moraes do STF, trouxe à tona a gravidade dos planos em discussão.
A investigação também revelou a articulação em vários núcleos para a tentativa de golpe de Estado, incluindo ataques virtuais, desinformação sobre o sistema eleitoral, e até mesmo o uso de estruturas do Estado para benefício próprio.
Além disso, o partido de Bolsonaro, o PL, foi apontado como uma peça-chave no financiamento de narrativas que visavam desacreditar as urnas eletrônicas, culminando na apresentação de um estudo questionando os resultados das eleições.
Em meio a tudo isso, as manifestações lideradas por apoiadores de Bolsonaro se tornaram palco para pedidos de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro e um apoio fervoroso ao ex-presidente, enquanto a investigação da PF continua a lançar luz sobre as tramas e conspirações que abalaram a estabilidade política do país.
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil”, disse o ex-presidente.