Julgamento dos acusados de matar dois advogados deve ser retomado com interrogatório de fazendeiro apontado como mandante do crime

Após cerca de 10 horas de júri, o segundo dia de julgamento dos acusados de matar os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhães deve ser retomado, nesta quarta-feira (31), com o interrogatório de Nei Castelli, apontado como mandante dos assassinatos. Dois dos três réus, Hélica Ribeiro Gomes, namorada de Pedro Henrique (já condenado), e Cosme Lompa Tavares, já foram interrogados na terça-feira (30) e negaram envolvimento no crime.

O crime contra os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhães aconteceu em 2020. Eles foram mortos a tiros, por volta das 14h30, no escritório de advocacia localizado no Setor Aeroporto, em Goiânia. Na ocasião, Marcus levou três tiros que o atingiram no crânio e na região nasal, enquanto Frank foi atingido por um tiro na região torácica.

Durante o primeiro dia de júri, 14 pessoas foram ouvidas, tendo sido o depoimento de 12 testemunhas e o interrogatório de dois réus. Neste primeiro momento, o fazendeiro Nei Castelli, apontado como o mandante dos assassinatos, acompanhou os depoimentos das testemunhas, mas não foi ouvido.

Veja a participação de cada acusado no crime:

  • Nei Castelli: fazendeiro apontado como o mandante do crime, acusado por duplo homicídio qualificado por cometer o crime por motivo fútil e impossibilitar a defesa das vítimas. Ele foi preso em 17 de novembro, em Catalão.
  • Pedro Henrique Martins: foi acusado por roubo – já que levou R$ 2 mil das vítimas – e por duplo homicídio qualificado por cometer o crime sob promessa de pagamento e por impossibilitar a defesa das vítimas. Ele é apontado como autor dos disparos contra as vítimas e foi preso em Porto Nacional (TO), em 30 de outubro; ele foi a júri popular em maio do ano passado, visto que a defesa dele não recorreu da acusação, fazendo com que o julgamento acontecesse antes dos demais. Ele foi condenado a 45 anos, 6 meses e 10 dias de prisão, em regime inicialmente fechado.
  • Jaberson Gomes: acusado de usar nome falso para marcar horário com os advogados e acompanhar Pedro Henrique no dia do crime. Ele foi morto em confronto com a PM de Tocantins em 30 de outubro de 2020, por isso não foi indiciado por nenhum crime;
  • Hélica Ribeiro Gomes: namorada de Pedro Henrique, presa em 9 de novembro, em Porto Nacional (TO), ela é acusada por favorecimento pessoal, já que é apontada como responsável por ajudar o namorado após o crime;
  • Cosme Lompa Tavares: apontado pela polícia como o responsável por intermediar a negociação e contratar os executores do crime. Preso em 9 de novembro em Palmas (TO), ele também é acusado por roubo e duplo homicídio qualificado por cometer o crime sob promessa de pagamento e por impossibilitar a defesa das vítimas.

FONTE: g1 GOIÁS

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