Por: Redação/FC
Foto: Reprodução/Sérgio Lima/Poder360
Na terça-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou ao Supremo Tribunal Federal que permanecerá em silêncio durante o depoimento agendado pela Polícia Federal para quinta-feira (22), solicitando dispensa da presença. A defesa de Bolsonaro fez o pedido de adiamento, alegando falta de acesso a trechos de supostas conversas em celulares apreendidos e à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
No entanto, o ministro Alexandre de Moraes negou o adiamento, argumentando que os advogados já tiveram acesso às informações disponíveis aos investigados nesta fase do inquérito. Ele afirmou que “inexiste qualquer impedimento para a manutenção da data agendada para o interrogatório”.
A investigação em questão, denominada Operação Tempus Veritatis, iniciada na última quinta-feira (08), está focada em Jair Bolsonaro e 9 de seus aliados, todos sob suspeita de uma tentativa de golpe de Estado e de invalidação do processo eleitoral de 2022, que resultou na eleição de Lula como presidente.
A principal evidência que embasa essa investigação é uma gravação da reunião ministerial de 15 de julho de 2022, na qual Bolsonaro e seus ministros discutiram estratégias para evitar o resultado das eleições, sendo que Bolsonaro já previa que não seria reeleito.
Até o momento, a Polícia Federal já conduziu 33 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva, como parte desta investigação em andamento.