Pesquisa revela que 58% dos entrevistados não querem que o presidente busque um novo mandato. No cenário sem Bolsonaro, Marçal, Tarcísio e Michelle Bolsonaro disputam a preferência do eleitorado conservador
A mais recente pesquisa Genial/Quaest sobre o cenário eleitoral de 2026 mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o favorito, com 32% das intenções de voto, caso a eleição fosse realizada hoje. Apesar da vantagem, a maioria dos entrevistados (58%) é contrária à ideia de que o presidente busque a reeleição para um quarto mandato, enquanto 40% apoiam a candidatura de Lula.
No levantamento, realizado entre 25 e 29 de setembro, foram ouvidos 2.000 eleitores com 16 anos ou mais, e a margem de erro é de dois pontos percentuais. O estudo indica que, sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 devido a condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o campo conservador se fragmenta, com destaque para três nomes: Pablo Marçal (PRTB), que aparece com 18% das intenções de voto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que surge com 12%.
Cenário sem Bolsonaro: disputas acirradas e divisão do eleitorado conservador
Caso Bolsonaro não possa concorrer, os eleitores que apoiaram o ex-presidente em 2022 demonstram preferência dividida. Michelle Bolsonaro lidera entre esse grupo, com 24% das intenções de voto, seguida de perto por Tarcísio de Freitas (23%) e Pablo Marçal (22%), indicando um cenário competitivo e sem uma liderança clara. No panorama geral, Marçal e Tarcísio aparecem tecnicamente empatados, o que reforça a disputa pelo eleitorado conservador, tradicionalmente alinhado com Bolsonaro.
Dados da pesquisa e implicações para a eleição de 2026
A pesquisa Genial/Quaest indica que, mesmo com Lula liderando a corrida presidencial, sua candidatura encontra resistência em parte significativa do eleitorado. Com a possibilidade de um novo nome emergir no campo da direita, o cenário eleitoral de 2026 promete ser marcado por incertezas e disputas acirradas. A fragmentação das intenções de voto entre Marçal, Tarcísio e Michelle Bolsonaro, aliada ao elevado índice de indecisos (18%), aponta para uma corrida aberta, onde as estratégias de campanha terão papel crucial na definição dos rumos da eleição.
Por: Redação
Foto: Ricardo Stuckert