Governo destrava emendas parlamentares e busca apoio para aprovar medidas fiscais cruciais enquanto presidente está afastado
A internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorre em um momento sensível para o governo federal, que tenta aprovar um pacote fiscal estratégico no Congresso Nacional. As propostas incluem um Projeto de Lei Complementar (PLP), um Projeto de Lei (PL) e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), todas voltadas para controlar os gastos públicos dentro do novo arcabouço fiscal.
Para driblar as dificuldades nas negociações, o governo publicou uma portaria que permite a liberação de emendas parlamentares sem necessidade de plano de trabalho prévio. A medida visa aliviar as tensões com o Congresso e garantir o apoio necessário. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assegurou que as articulações seguem normalmente, mesmo com a ausência de Lula.
Apesar desse avanço, a aprovação do pacote enfrenta obstáculos. Parlamentares da oposição defendem cortes mais profundos nos gastos, enquanto aliados da base, como o PSD, demonstram insatisfação com a falta de cargos estratégicos no governo, ameaçando apoiar uma reforma ministerial em 2025.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), condicionou o avanço das propostas à quitação das emendas parlamentares, que o governo espera concluir nos próximos dias. O cenário reforça os desafios da gestão em equilibrar interesses divergentes e avançar com medidas essenciais para a economia.
Enquanto Lula se recupera, os bastidores políticos continuam movimentados, e o governo trabalha para evitar que a ausência presidencial comprometa o cronograma legislativo em um momento decisivo.
Por: Redação
Foto: Ricardo Stuckert