Grupo investigado é acusado de crimes como difamação e associação criminosa; prefeito pode ser denunciado
O Ministério Público de Anápolis solicitou nesta segunda-feira (2) o envio dos autos que investigam o prefeito Márcio Corrêa (PL) para a Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A promotora Adriana Marques Thiago apontou indícios do envolvimento do prefeito com um grupo suspeito de crimes como difamação, perseguição, falsa identidade e associação criminosa, investigado na Operação Máscara Digital.
O pedido visa permitir que o TJ encaminhe o caso ao Procurador-Geral de Justiça, responsável por decidir se há elementos para prosseguir com a investigação e, eventualmente, apresentar denúncia formal contra o prefeito. Entre as provas, destaca-se a participação de Corrêa em um grupo de WhatsApp, chamado “Café com pimenta”, onde supostamente incentivava publicações ofensivas.
Mensagens atribuídas a Márcio Corrêa, como “bora soltar essa no Anápolis na roda 3”, foram citadas pela promotora como possíveis evidências de direcionamento de conteúdo nos perfis investigados. Além dele, outros dois participantes do grupo também são alvos da investigação policial.
Paralelamente, vereadores de Anápolis irão nesta terça-feira (3) à Corregedoria-Geral de Justiça do TJ-GO para pedir que o prefeito seja investigado localmente. À noite, está prevista uma audiência pública, onde vítimas do grupo investigado poderão relatar suas experiências.
Até o momento, nem Márcio Corrêa, nem os demais investigados se manifestaram sobre o caso. O espaço segue aberto para posicionamentos.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução