Alterações no primeiro escalão visam sanar insatisfações internas e fortalecer a base aliada
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já começou a traçar planos para uma reforma ministerial em 2025, após enfrentar resistência e negociações intensas para a aprovação do pacote fiscal no Congresso. O conjunto de medidas, projetado para economizar cerca de R$ 70 bilhões em dois anos, passou na Câmara dos Deputados com margem apertada, revelando fragilidades na articulação política.
Com 39 ministérios, a administração federal tem lidado com críticas de parlamentares aliados e até de membros do próprio governo. Entre os pontos de tensão estão a comunicação política e a distribuição das pastas, vistas por algumas lideranças como desiguais.
A aprovação do pacote fiscal, considerada crucial para o equilíbrio das contas públicas, expôs a necessidade de ajustes na composição ministerial para garantir governabilidade e apoio mais sólido no Congresso.
Fontes do governo indicam que a reforma ministerial está programada para o primeiro semestre de 2025, após a renovação das lideranças no Congresso Nacional. A expectativa é que as mudanças sirvam para acomodar demandas de partidos insatisfeitos e fortalecer a base aliada, especialmente em um contexto de desafios econômicos e negociações legislativas importantes.
Enquanto prepara o terreno para a reforma, o governo segue monitorando os impactos das medidas fiscais e mantendo diálogo com os aliados para garantir estabilidade política. A articulação para 2025 sinaliza o reconhecimento de que ajustes são necessários para consolidar a gestão e alcançar os objetivos traçados no restante do mandato.
Por: Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil