O que ocorreu no Maracanã nesta terça-feira, dia 21, tornou-se o menor dos problemas com os quais a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de lidar. A seleção brasileira sofreu uma derrota histórica para a Argentina, marcando a primeira vez que o país perde um jogo como mandante nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, apesar do placar magro de 1 a 0.
Antes do início da partida, uma confusão generalizada entre torcedores brasileiros e argentinos no setor Sul do estádio provocou uma intervenção policial, com o uso de cassetetes. Assentos foram arremessados, resultando em detenções e pessoas necessitando de atendimento médico. Diante da pancadaria, o jogo teve um atraso de 27 minutos.
Quando a bola finalmente rolou, a tensão das arquibancadas se transferiu para o campo de jogo. Atletas de ambas as equipes envolveram-se em disputas ríspidas, com os brasileiros sendo advertidos pela arbitragem chilena por faltas cometidas. No entanto, nenhuma das seleções conseguiu criar oportunidades claras de gol, evidenciando dificuldades na execução de assistência.
A falta de entrosamento entre os brasileiros foi evidente, especialmente nos lances de ataque. Na bola parada, de fato, o Brasil apresentava mais perigo e melhor organização. Messi teve pouca participação e não exibiu sua genialidade. Com o apito final no primeiro tempo, vaias ecoaram no Maracanã, e a reação dos torcedores foi condizente com o que se desenrolou no gramado. As escolhas de Diniz, que manteve o esquema com quatro atacantes, não se justificaram, uma vez que a seleção novamente enfrentou problemas de criatividade e construção de jogadas.
No segundo tempo, a seleção brasileira manteve a mesma postura. A Argentina, por sua vez, adotou uma abordagem mais concisa, focando em construir suas jogadas com paciência. Foi assim que os visitantes se aproximaram da meta de Alisson. Em uma cobrança de escanteio aos 18 minutos, a Argentina explorou a principal fraqueza brasileira para inaugurar o marcador no Maracanã. O zagueiro Otamendi se desvencilhou da marcação, subiu mais alto e cabeceou no ângulo.
Texto: Alex Alves
Foto: Divulgação/Estadão