O presidente Lula destacou a possibilidade de insucesso no acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Por: Alex Alves – @falacanedo
Durante sua estadia em Dubai, o presidente brasileiro ressaltou a resistência histórica da França e indicou que, em caso de falha, a responsabilidade seria evidente. Essas observações surgiram em resposta à posição contrária manifestada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, devido a supostas contradições ambientais no acordo, discutidas durante a cúpula do clima em Dubai.
Apesar dos esforços de Lula para [influenciar] a posição de Macron durante uma reunião na CELPE, o impasse persiste. As negociações serão retomadas na cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro em 7 de dezembro, momento em que o bloco decidirá sobre a continuidade das discussões.
Lula também abordará a questão durante sua visita à Alemanha, a última etapa de sua atual viagem internacional. As divergências, centradas em garantias ambientais e compras governamentais, persistem, com o governo brasileiro buscando proteger sua indústria nas licitações do governo.
O prazo inicial de 2019 para concluir as negociações foi reaberto pelos europeus, exigindo maior garantia ambiental para produtos exportados pelo Mercosul. Apesar dos esforços para mostrar o comprometimento do governo brasileiro com a proteção ambiental, o progresso nas tratativas ainda não foi alcançado. A situação é agravada pelas “declarações contundentes de Macron”, que afetaram as negociações em andamento.